quarta-feira, 18 de abril de 2012

NRP Creoula - 75 anos



O ntm/ Creoula é um navio de instrução da Marinha Portuguesa. Juntamente com outros três lugres ex-bacalhoeiros - o "Santa Maria Manuela", o "Argus" e o "Gazela" - é um dos últimos sobreviventes da chamada "Frota Branca Portuguesa".
Foi construído, juntamente com a embarcação-gémea, o "Santa Maria Manuela", nos estaleiros da CUF em Lisboa, por encomenda da Parceria Geral de Pescarias Lda. Num tempo recorde à época de 67 dias úteis, foi lançado ao mar a 10 de Maio de 1937, tendo feito a sua primeira campanha de pesca nesse mesmo ano. No ano seguinte (1938), nos Países Baixos, foi construída uma terceira embarcação idêntica, o "Argus".

O "Creoula" foi utilizado pela Parceria Geral entre 1937 e 1973, nas campanhas de pesca do bacalhau ao largo da Terra Nova.



Em 1979 a embarcação foi adquirida à empresa pela Secretaria de Estado das Pescas, visando ser requalificada como um museu da pesca. Entretanto, quando docada para os reparos, o exame do casco revelou que este se apresentava em óptimas condições, pelo que se deliberou que a embarcação voltaria a navegar, agora como navio de treino de mar (NTM).



Entregue à Marinha Portuguesa em 1985, é um dos poucos europeus que conta com uma guarnição mista, militar e civil.[4] É operado como Navio de Treino de Mar (NTM), estando classificado como Unidade Auxiliar da Marinha (UAM).
É um lugre de quatro mastros, destinado originalmente à navegação nos mares gelados da Terra Nova e da Gronelândia. Por essa razão, as obras-vivas à vante, nomeadamente a roda de proa, tiveram construção reforçada.



Até à sua última campanha de pesca, em 1973, possuía mastaréus, retrancas e caranguejas em madeira. O gurupés ("pau da bujarrona"), também em madeira, deixou de existir em 1959, passando o navio a dispor apenas de duas velas de proa: a giba e a polaca. O mastro de vante (traquete) servia de chaminé à caldeirinha e ao fogão a carvão, que se encontra hoje no Museu Marítimo de Ílhavo.




As velas originais eram de lona de algodão, possuindo a embarcação duas andainas de pano, manufacturadas pelos próprios marinheiros de bordo. O pano latino era de lona de algodão n° 2, o velacho (redondo) em lona de algodão n° 4 e as extênsulas de algodão n° 7, o mais resistente. As tralhas das velas eram em cabo de manila. O aparelho fixo era em aço, mas o de laborar era originalmente em sisal. Actualmente as velas são em dacron, material sintético e mais leve.



O actual espaço entre a zona da coberta de vante (coberta das praças) e a casa das máquinas, era originalmente o porão do pescado, em cujos duplos fundos se fazia a aguada do navio. O navio estava assim dividido em três grandes secções separadas por duas anteparas estanques que delimitavam, à vante e à ré, o porão do pescado. À vante do porão ficavam os alojamentos dos pescadores, o paiol de mantimentos e as câmaras frigoríficas para o isco; à ré localizavam-se os alojamentos dos oficiais, a casa das máquinas, os tanques do combustível, o paiol do pano e aprestos de pesca. A embarcação possuía ainda nos delgados de vante e de ré vários piques utilizados como reserva de aguada, armazenamento de óleo de fígado, carvão de pedra para o fogão e óleos lubrificantes.



Todo o interior do navio era revestido a madeira de boa qualidade, e o porão calafetado para evitar o contacto da salmoura com o ferro



segunda-feira, 16 de abril de 2012

O regresso


Caros amigos, o Lais de Guia está de volta, depois de algum mau tempo, voltou a bonança que nos permite voltar ás lides.
Em breve com algumas novidades.
Bons ventos!